Nossa incursão agora segue noutra direção, uma parada na Ilha de Páscoa, seguindo para a Polinésia Francesa e depois para o oriente, rumo ao Japão e cercanias…
Aterrisamos na Ilha de Páscoa com um céu de brigadeiro, de cima se vê a ilha quase por inteiro, pois suas dimensões são limitadas, e, só não é possível uma tomada geral dada a posição do avião, cuja pista passa a ilha de um lado ao outro em sua parte mais ao sul.
Chegada ao Aeroporto de Mataveri – Ilha de Páscoa
De formação vulcânica, tres grandes vulcões e setenta outros menors, é considerada a ilha habitada mais isolada do nosso planeta, com 3800 km de distância de Santiago do Chile ou 4.000 km do Pappete.
Vulcão Rano Kau
Passou ao domínio do Chile em 09.09.1888, pertence à região de Valparaíso, possui tres escolas, com ensino regular até os 18 anos, equivalente ao secundário, quando, então os que desejem continuar seus estudos tem de deixar a ilha, o que geralmente fazem indo para Santiago.
Com uma área de 163,6 Km2 (só para ter uma referência, a Ilha de Florianópolis tem 424,4 km2) a Ilha de Páscoa conta com uma população estimada de 8.000 pessoas, dentre as quais a metade são de nativos, e tem como cidade e capital Hanga Roa.
A economia é baseada na exploração do turismo, e os demais bens chegam a partir do continente, desde os alimentos, vestuário até mesmo o combustível, já que a energia elétrica é gerada a partir da combustão de diesel.
De temperatura agradável o ano todo, cuja máxima chega raramente aos 30 graus centígrados e a mínima em inverno rigoroso pode chegar aos 11 graus centígrados.
Há uma linha diária de voo operada pela LATAM – Boeng 787, sendo que na alta temporada, especialmente no verão, são dois os voos.
A força vulcânica havida há muitos anos, fizeram surgir essa magnífica ilha, que durante muitos séculos permaneceu oculta em seu isolamento, cujos habitantes criaram uma vida peculiar acendendo suas crenças e seus costumes, o que tem levado cientistas, arqueólogos, antropólogos, historiados, estudiosos a se debruçarem sobre os enigmas que guarnecem e repousam sobre a ilha.
Rochas vulcânicas em abundância na ilha
As respostas ainda são muito desencontradas, a cerca das justificativas que levaram à uma civilização viver tão isolada do mundo, buscando os próprios meios de sobrevivência, o que se imagina com parcos recursos, inclusive naturais, e, mesmo num território tão pequeno a ilha era dividida em aldeias e tribos, e que conviviam pacificamente através de colobaração recíprica.
Guia Sebastian em nosso passeio pela Ilha
Nosso guia, Sebastian, que é descendente de rapa nui, por parte de mãe e alemão por parte de pai, procurou ser bem didático na visita aos diferentes lugares, especialmente ao comentar sobre a civilização “Rapa Nui”que viveu na ilha entre os anos 1200 e 1700 (DC), a quem se credita a ideia da construção das gigantescas ”estátuas” em rocha, mundialemte conhecidas, e vinculadas a Ilha de Páscoa.
Ahu Togariki
A denominação Rapa Nui é creditada aos europeus que visitavam esta parte do Sul do Pacífico, e assim foi adotada também para designar o nome da Ilha. O nome oficial Ilha de Páscoa foi dado pelo capitão holandes Jacob Roggeveen, por tê-la descoberto em um domingo de páscoa de 05 de abril de 1722.
Parque Nacional Rapa Nui
“É um verdadeiro museu a ar livre a dispersão de mais de 900 moais, estátuas impressionantes de pedras, que chegam a medir 10 metros de altura e que decoram a borda costeira da ilha. Se acredita que cada um dos maois representava um ancestral, um chefe, e que a estátua levava seu mesmo nome” descreve o cartão de boas vindas do hotel Hangaroa.
Hotel Hangaroa
Há registros de estátuas de moai medindo até 21 metros, parte aparente e grande parte já coberta de terra, fruto da sua presença naquele lugar por vários séculos.
Esses moais eram encomendados pelos chefes das tribos e transportados, sabe se lá como? Até hoje é um enigma, pois cada peça podia pesar até 40 toneladas.
Ahu Nau Nau
Deviam ter uma técnica muito especial, já que estima-se que uma pessoa era capaz de transportar 200 kg, difícil de acreditar, mas há muito estudo e também não falta especulação, sei lá…, acredito que para transportar aqueles verdadeiros mosnstros só mesmo com auxílio uma grande força vinda do além!!! Tudo era rudimentar, até mesmo para esculpir as peças eram utilizados apenas pedras duras, sobre as mais moles, desgastando-as lenta e progressivamente, tinha de se ter muita paciência e perícia, vá entender a mente humana!!!
Os moais, sustentam os estudiosos, serviam de proteção, às tribos e às suas famílias.
É de fato, muito intrigante, talvez até mais do que às edificações e fortalezas dos incas no Perú, ou dos maias no México.
As explicações dadas ainda carecem de aprofundamento, há muitos enigmas a serem decifrados, porém, é inegável que aquela civilização tinha muita capacidade e resiliência, tendo sobrevivido em situação completamente adversa, para os dias de hoje, e mesmo assim, era dotada de fé e capacidade enorme de superação.
Por do Sol – Ilha de Páscoa
Conhecer a Ilha de Páscoa, foi intrigante mas ao mesmo tempo uma bela oportunidade para refletir sobre a evolução humana, pois as civilizações são finitas… Recomendamos essa viagem, já que aquivamosnos….
Hanga Roa, 25 de julho de 2016.