Sem qualquer fronteira terrestre, Islândia é um país independente, e como o nome sugere Iceland – terra do gelo, durante o inverno os dias duram quatro horas e no verão as noites não existem.
Com uma população de 323 mil habitantes, (Banco Mundial 2013) para uma área de 103.125 mil km², que poderia estar distribuída proporcionalmente em toda sua estensão, porém, tal não é o que ocorre.
Vista parcial da cidade de Reykjavik – capital da Islândia
Sua capital Reykjavik, situada no sudoeste da Islândia, que somada a sua região metropolitana abriga 60% da população do país, onde vivem aproximadamente 175 mil pessoas, é também lá que se verifica a maior concentração urbana.
A região mais ao nodeste é onde estão as montanhas e seus fiordes cuja ocupação humana é uma raridade.
A agropecuária responde por 5,3% da economia, com destaque para a criação de ovelhas.
A indústria responde por 24,4%, comércio, serviços e turismo representam 70,3% da economia.
Com um sistema educacional implacável, o ensino é obrigatório até os 16 anos. Após completar o ensino obrigatório, o islandês pode optar em estudar mais dois anos de ensino técnico, e só depois de concluir esse nível, já ficando apto ao mercado de trabalho, é que pode optar em ir para a universidade realizar o curso superior na profissão de sua escolha.
Com IDH de 0,899 Pnud 2014 ( índice que vai de 0 à 1,0), considerado muito elevado, sua população tem uma excelente qualidade de vida, e isso está também retratado no PIB per capita que alcançou em 2014 US$ 50,006, inobstante ser considerado um dos países (quarto) com mais elevado custo de vida.
O Estado disponibiliza uma aparato que de fato, funciona bem, a saúde é de muito boa qualidade, os hospitais são geridos pelas universidades, permitindo-se um bom acesso da população
Com um sistema de governo parlamentar, o presidente é o chefe de estado e o primeiro-ministro é quem governa e administra o país.
Há um rígido controle da gestão pública, sendo considerado um dos países menos corruptos do mundo. O parlamento é um dos mais antigos da Europa, criado em 930 da era cristã, e atualmente é composto por 63 delegados, cujas regras democráticas são praticadas com absoluto rigor, e em respeito ao mandato outorgado pela população.
Cidade de Reykjavik
A cidade e capital Reykjavik é um encanto, situada na costa do Oceano Atlântica e rodeada por montanhas faz com que esqueçamos um o frio, pois, ela nos convida a caminhar por suas ruas e avenidas. Impossível se perder nela…
Centro de Reykjavik
Admirar a beleza das construões mais antigas, geralmente casas, os prédios (edifícios) são mais recentes e mais modernos, faz parte do roteiro.
Praça no centro de Reykjavik
Ao caminhar aleatoriamente entre as ruas e ruelas, pode levar o visitante à praças, jardins ou mesmo lagos, e por vezes lhe permite que se depare com com belos arco ires que invariavelmente aparecem para embelezar o visual que a natureza caprichosamente proporciona.
Centro administrativo do governo da Islândia à esquerda
O visitante vai se deparar com as embaixadas, com bares, restaurantes, sempre cruzando com pessoas desfrutando os diferentes espaços. Vai se deparar tambem com a sede do governo, tendo a frente um belo lago extensão do mar onde os pássaros e outras diferentes aves encontram lugar favorável para morar.
O burocrata Desconhecido 1993 – por Magnús Tómasson
Vai se deparar com uma figura emblemática que é “ O Burocrata Desconhecido”, uma escultura do artista Mágnus Tómasson, colocada perto da casa do governo, metade homem e a outra metade da cintura pra cima em pedra, que simboliza da “cabeça de pedra bruta”que não raro, é encarnada e incorporada pelos burocratas de plantão. Cada centro de poder deveria ter uma obra como essa para lembrar que a população, deve ser a destinatária dos serviços públicos e que a celeridade e a eficiência devem ser a principal marca.
Os islandeses definiram os seus pontos turísticos com bastante cuidado aproveitando a mão generosa da natureza, que os presenteou com lugares espetaculares, e os denominaram como “Círculo Dourado”, cuja programação, tanto pode ser executada em grupo com os ônibus e vans ou em caráter privado, como a que fizemos.
Lago – Parque Nacional Pingvellir
Seguimos a rota de carro que alugamos, é uma beleza dirigir pelas rodovias da Islândia, além de não ter muitos carros nas rodovias, elas são de excelente qualidade.
A vegetação e seu colorido
O visual é de tirar o fôlego, mesmo em dia de chuva, aliás, como chove naquele país! Embora de vegetação rasteira e pequenos arbustos, há muita rocha, justamente em razão da constituição geológica, decorrente dos vulcões; logos e rios são uma abundância.
Parque Pingvellir – visíveis falhas geológicas
No Parque Nacional Pingvellir, encontra-se uma extensa formação rochosa com visíveis falhas geológicas que os estudiosos definiram ser o processo de separação entre os continentes Americano e Europeu, eis um ponto turístico importante a ser visitado.
Parque Nacional Pingvellir
Nessa época do ano, início do outono, a vegetação assume uma coloração especial, deixando explodir uma variedade muito grande, amarelo, laranja, vermelho, verde, dourado e por aí vai… bem diferente do que estamos acostumados a ver.
Momento em que a agua à 100°C jorra do interior da terra – Geysir
Os gêisers também encantam. Geysir é uma dessas nascentes de água que jorra do coração da terra a uma altura de até 20 metros, é superquente, chega fervendo, cuja temperatura varia de 70 a 100oC, e a cada 5 ou 10 minutos oferece um espetáculo aos que tem a paciência de enfrentar o frio e o vento que sopra à 30 km/h.
Queda de agua Gullfoss
As cahoeiras dos rios caudalosos oferecem um espetáculo constante, o rio Hvitá à 100 km de Reykjavik, cujas aguas provenientes das montanhas e glaciares formam a queda denominada de Gullfoss com altura que chega à 32 metros e uma largura de 70 metros, pela facilidade de acesso é muito visitada.
Fazenda de Ovelhas
O relevo é algo que merece ser contemplado, há uma bela combinação entre a natureza e a exploração agropostoril, de vez em quando se encontra verdadeiras manadas de cavalos islandeses, com pelagem variada e densa, pudera, enfrentar o frio da Islândia -3oC só mesmo se transformando em bicho peludo…, sem falar naturalmente das ovelhas, principal fonte da economia rural.
A “Aurora Boreal” que era um dos nossos objetivos, não pode ser vista, pois as noites nubladas esconderam este que seria o espetáculo que imaginávamos. Tudo bem, nem tudo acontece conforme o planejado, a natureza, tem lá suas vontades, então, vamos respeitar.
Lagoa Azul
Todavia, há compensação, como por exemplo a oportunidade de conhecer a Lagoa Azul, hoje spa termal. Na cidade de Grindavick, a 39 km de Reykjavik, os islandeses souberam bem aproveitar essa riqueza constituída de águas termais temperatua de 40°C com propriedades medicinais. Há uma concentração de sais minerais e algas, com eficiência no combate ao envelhecimento e no tratamento de doenças de pele.
Spa na Lagoa Azul – agua à temperatura de 40°C
Esse lugar maravilhoso é muito procurado para os banhos medicinais, relaxamento, banho de máscara e também para simplesmente passar momentos de descontração desfrutando dos serviços lá oferecidos.
Claro que esta é apenas uma visão muito objetiva desse país que é considerado um dos mais desenvolvidos do mundo, muito há por conhecer e explorar, mas fizemos questão de registrar, porque de fato foi encantandor, nós recomendamos, pois, aqui vamos nós.
Reykjavik, 24 de setembro de 2016.