A Escócia foi uma surpresa, não só pelo sotaque, rsrsrsr… mas por sua beleza e singularidade.
Sempre quis saber sobre o Kilt e perguntei aos nossos guias e fiquei bem impressionada com a força e a simbologia dessa marca. Primeiro, é interessante lembrar que é uma “marca” que só pode ser usada por homens, mas para nós, este sempre foi o símbolo da feminilidade…. a saia.
Uma marca cheia de simbologia…. quem usava esse tipo de saia eram os Highlanders, lembra do filme “Coração Valente” do Mel Gibson? Então, ele interpreta um highlander muito famoso chamado Wallace. Mas, voltando à história, no século XVII, os highlanders apoiaram o Jacob, filho da Rainha Maria Stuart, que foi enviado ao exílio, assim, eles passaram a ser chamados de jacobitas. Foram perseguidos, e como forma de conter os rebeldes enfrentaram também uma série de proibições, como: tocar gaita de fole e usar o Kilt.
Após 70 anos, foi revogada essa proibição e usar o Kilt passou a ser uma forma de manter a liberdade de expressão e de demonstrar o orgulho de ser escocês. Segundo nosso guia Gabriel Friedman, o Kilt é muito usado em cerimônias especiais, como por exemplo nos casamentos, e não ir de Kilt é uma falta de respeito.
A bolsa pendurada na cintura, Sporran servia para eles levarem cereais como trigo, cevada, que servia para sua alimentação.
O Tartan, o xadrez característico, define a família à qual pertence o seu usuário. Cada família, antigamente tinha um tartan, ou seja, tinha sua marca. Como eram definidas as cores e padronagens? A tintura era natural, assim, eles usavam as plantas e flores que havia na sua região para pintar, cada qual com suas características… Por isso os tartans tem cores diferentes, obedecendo as cores das plantas desenvolvidas naquela região….
Os moradores de uma região denominavam-se Clã. Cada região tinha o seu, e, deviam obediência e compromisso ao seu líder, assim, ao decidir participar daquela determinada região, o morador passava a fazer parte daquele clã. Só para exemplificar, Mac – quer dizer filho de …, como no árabe, Bin…, é por isso que há tantos “Macs”por aqui, Mac Lean, quer dizer os filhos Lean e assim por diante…. Entretanto, não só os filhos consanguíneos faziam parte do Clã, mas também aqueles que viviam sob a liderança daquele chefe.
Essas marcas, tartans, são aplicadas e comercializadas em diversos produtos, quem não tem o tartan da sua família, escolhe um outro conforme se identifica com à respectiva história. “eu me identifico com essa marca, então eu uso” conheço esse conceito rsrsrs. Dá para deixar o preconceito de lado e achar bonito?